A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO ÂMBITO DO PROCESSO EDUCATIVO
A comunicação consiste na mola propulsora para o desenvolvimento de
qualquer setor, seja social, econômico, político, cultural e até mesmo o
pessoal. No que concerne ao contexto educativo, os meios de comunicação
exercem poderosa influência. Refletem, recriam e difundem o que se
torna importante socialmente tanto ao nível dos acontecimentos (processo
de informação) como do imaginário (são os grandes contadores de
estórias, atualmente, através de novelas, seriados). Os Meios de
Comunicação desempenham também um importante papel educativo,
transformando-se, na prática, numa segunda escola, paralela à
convencional. Os Meios são processos eficientes de educação informal,
porque ensinam de forma atraente e voluntária – ninguém é obrigado, ao
contrário da escola, a observar, julgar e agir tanto individual como
coletivamente. A escola precisa repensar urgentemente a sua relação com
os Meios de Comunicação, deixando de ignorá-los ou considerá-los
inimigos. A escola também não pode pensar em imitá-los, porque nos Meios
predomina a função lúdica, de entretenimento, não a de organização da
compreensão do mundo e das atitudes.
A escola pode e precisa estabelecer pontes com os Meios de
Comunicação. Eles podem ser utilizados como motivação do conteúdo de
ensino, como ponto de partida mais dinâmico e interessante diante de um
novo assunto a ser estudado. Podem os Meios apresentar o próprio
conteúdo de ensino (cursos organizados em vídeo, por exemplo), bem como
ser, eles próprios, objeto de análise, de conhecimento (estudo crítico
da televisão, do cinema, do rádio, dos jornais e das revistas). A escola
pode combinar as produções escritas convencionais com as novas
produções audiovisuais, principalmente em vídeo, que capacitam o aluno a
se expressar de forma mais viva e completa. A escola pode preocupar-se
não só com os Meios, mas também com a comunicação como um processo mais
amplo e que envolve a própria comunicação tanto dentro da sala de aula
como nas relações entre direção, professores, alunos e funcionários,
procurando desenvolver processos de comunicação menos autoritários e
mais participativos. A escola precisa, enfim, no seu Projeto Educativo,
considerar a questão dos Meios de Comunicação e da comunicação como
parte importante – e não marginal – do processo educativo integral do
novo aluno-cidadão, visando construir uma sociedade realmente
democrática.
No que tange às novas tecnologias, vive-se atualmente em uma época de
rápido desenvolvimento das tecnologias informáticas, com o acesso às
redes globais de computadores, ao correio eletrônico, a bases de dados, a
bibliotecas virtuais, a CD-ROMs, a uma enorme oferta de
software, etc. Esse progresso provoca, pois, mudanças enormes na organização da nossa vida e do nosso trabalho.
Tais mudanças têm grande influência nos processos de ensino e de
aprendizagem. Ficamos confrontados com uma série de dúvidas, mas também
adquirimos algumas certezas. Uma é que o aproveitamento otimizado destas
novas tecnologias implica uma mudança bastante perceptível das nossas
formas de ensinar e aprender. O uso de textos, vídeos e sons (talvez até
o aproveitamento de outros sentidos) pode revolucionar os processos de
ensino/aprendizagem. O que predomina é a questão da interatividade.
Trata-se da mudança de um ensino onde é limitado o papel do aluno na
busca de informação e em que ele se tenta adaptar à informação existente
para um ensino em que a informação se adapta ao aluno, onde quer que
este se encontre.
A escola necessita preocupar-se não somente com os meios de
comunicação em si, mas, sobretudo, com esse processo de um modo mais
amplo, ou seja, a relação existente entre alunos, professores,
coordenadores, supervisores, direção e família. Até mesmo no que se
refere ao uso dos recursos didáticos, que também constituem-se em
sistemas de comunicação. Não basta apenas ter esses recursos
disponíveis, porém, saber fazer uso dos mesmos, até porque educação,
aliada à tecnologia, incrementa os processos de ensino e de
aprendizagem.
A tecnologia, portanto, é caracterizada como agente de transformação,
de maneira que a maioria das inovações tecnológicas pode resultar em
uma mudança revolucionária de paradigma. A rede mundial de computadores
– a Internet
– é
uma dessas inovações. Após influenciar a forma como as pessoas se
comunicam e fazem negócios, a Internet também vem influenciando,
significativamente, o modo como as pessoas ensinam e aprendem, fato este
que irá implicar, consequentemente, em maior mudança e deverá estar
associada à forma como os recursos educacionais serão projetados,
desenvolvidos, gerenciados e integrados para serem disponibilizados aos
discentes.
Dessa forma, o desenvolvimento das tecnologias e a ampliação dos
modos de comunicação criam um contexto que propicia às escolas uma
ampliação do alcance de seus objetivos, pela possibilidade de expansão
do conhecimento. Nesse cenário, evidencia-se a necessidade de manter a
qualidade do ensino e intensificar sua expansão e diversidade,
trabalhando no sentido de um sistema de interatividade com
reconhecimento e qualificações capazes de assegurar a ampliação efetiva
de acesso e de conclusão com êxito no ensino.
Mediante apregoa Lévy (1993, p.75), "as tecnologias têm papel
fundamental no estabelecimento dos referenciais intelectuais e espaço
temporais das sociedades humanas; isto é, todas as formas de construção
do conhecimento estão estruturadas em alguma tecnologia". Ratifica-se,
portanto, que o todos os componentes da comunidade escolar, como
sujeitos do processo de ensinar e aprender tem uma função primordial,
uma vez que o processo de incorporação das tecnologias está diretamente
relacionado com a mobilização de todos, cujo apoio e compromisso para
com as mudanças não se limitam ao espaço da sala de aula, mas se
estendem aos diferentes aspectos envolvidos com a gestão do espaço e do
tempo escolar, com a esfera administrativa e pedagógica.
Alunos:Daniel Jr / Bruna Novais / Daiane Oliveira.